quarta-feira, 13 de maio de 2009

Muitos já disseram que a mulher contemporânea exerce variados papéis, exaure-se em diferentes relações, confunde-se entre tantos apelos...
Prefiro crer, contudo, que é por meio desse caleidoscópio de “eus” e de “outros” que nós nos encontramos... Entre tantas escolhas – as cotidianas, as ancestrais, as conscientes – é que somos capazes de criar a nossa...

IDENTIDADE

Eu sou Cristina...
Nem Amélia, nem Ofélia, nem Camélia !
Misto de Capitu e Kareninna,
tenho em mim a Flor do Amado,
creio sempre, tal qual Penélope,
fujo das ilusões bovaryanas,
inspira-me a sabedoria de Morgana.

Eu sou Cristina...
Nem Amélia, nem Ofélia, nem Camélia !
Misto de Bela e Emília,
ofereço o fio de Ariadne
procuro os laços de Catarina,
de Lady Macbeth afasto-me,
evoco os versos de Sherazade...
............................................................
( Cristina Van Opstal, 2009 )

3 comentários:

  1. Ei, Cris.

    Bom isso, hein? Gostei mesmo, bem na linha das multiplicidades e complexidades anunciadas quando da citação do Veríssimo. Aliás todo o blog está muito bacana.
    Beijos,
    Clara.

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  2. Cris:

    Adorei "Identidade" e todo o seu blog. Parabéns. Tá na cara que você jamais poderia continuar dissecando cadáveres na Unesp (Unesp mesmo???? ou teria sido outra univeridade?)

    Beijos,

    Cris Varanda

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  3. que lindo esse poema minha irmã....amei...para mim vc é uma princesa, mas não uma princesa inatingível, mas palpável....beijo

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